Olá, papais e mamães! Vocês já ouviram falar das miopatias inflamatórias na infância? essas são doenças raras que afetam os músculos, causando fraqueza progressiva e dificuldades nos movimentos diários da criança. identificar os sinais precocemente é fundamental para garantir um tratamento adequado e melhorar a qualidade de vida dos pequenos.
Eu sou a dra. Ana Maria Loroño, reumatologista pediátrica, e neste artigo explico tudo sobre as miopatias inflamatórias, seus sintomas, diagnóstico e tratamento.
O que são miopatias inflamatórias?
As miopatias inflamatórias são um grupo de doenças autoimunes raras que afetam os músculos esqueléticos, levando à inflamação e fraqueza muscular. as formas mais comuns na infância são:
- Dermatomiosite juvenil: caracteriza-se por inflamação muscular e lesões cutâneas, principalmente nas pálpebras e articulações.
- Polimiosite juvenil: menos frequente, afeta apenas os músculos sem manifestações na pele.
- Miosite por corpos de inclusão: uma forma rara e progressiva, geralmente de início mais tardio.
Essas doenças ocorrem quando o sistema imunológico ataca os músculos por engano, desencadeando inflamação e fraqueza progressiva.
principais sintomas
os sinais podem surgir gradualmente e variam conforme o tipo de miopatia. os principais sintomas incluem:
- Fraqueza muscular progressiva: dificuldade para subir escadas, levantar-se do chão ou erguer os braços.
- Fadiga intensa: cansaço excessivo mesmo após pequenas atividades.
- Dor muscular: desconforto ou sensibilidade aumentada nos músculos.
- Lesões cutâneas: manchas arroxeadas nas pálpebras, joelhos, cotovelos e dorso das mãos, típicas da dermatomiosite juvenil.
- Rigidez e inchaço articular: pode ocorrer em alguns casos.
- Dificuldade para engolir e falar: presente em estágios mais avançados.
Se seu filho apresentar estes sintomas, é fundamental buscar um especialista para avaliação.
Como é feito o diagnóstico?
o diagnóstico das miopatias inflamatórias envolve uma combinação de exames clínicos e laboratoriais, incluindo:
- Exames de sangue: dosagem de enzimas musculares (ck, aldolase) para avaliar inflamação muscular.
- Eletroneuromiografia: mede a atividade elétrica dos músculos e ajuda a identificar padrões de inflamação.
- Ressonância magnética: detecta inflamação e danos nos músculos.
- Biópsia muscular: exame definitivo para confirmar o diagnóstico, analisando amostras de tecido muscular.
Tratamento e cuidados
o tratamento tem como objetivo reduzir a inflamação, melhorar a força muscular e prevenir complicações. as principais abordagens incluem:
- Corticoides: ajudam a controlar a inflamação e reduzir os sintomas.
- Imunossupressores: utilizados em casos mais graves para modular a resposta autoimune.
- Fisioterapia: essencial para preservar a mobilidade e fortalecer os músculos afetados.
- Acompanhamento multidisciplinar: envolve reumatologistas, fisioterapeutas e nutricionistas para garantir uma abordagem completa.
Quando procurar um especialista?
Se seu filho apresenta fraqueza muscular persistente, cansaço excessivo e dificuldades motoras progressivas, procure um reumatologista pediátrico para uma avaliação detalhada.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para melhorar a qualidade de vida e evitar complicações a longo prazo.
Se precisar de uma avaliação ou orientação, agende uma consulta!
Dra. Ana Maria Loroño
Reumatologista Pediátrica | Pediatra
CRM/SP 171072 | RQE 935751